domingo, 4 de setembro de 2016

Uma conjunção planetária intercampi

Equipes Cuvelo (acima à esq.), Timóteo (acima à dir.) e Belo Horizonte (em baixo) marcando presença na conjunção dos planetas Vênus e Júpiter.


No sábado do dia 27 de agosto, o GEDAI marcou presença na observação da conjunção entre os planetas Vênus e Júpiter. Aceitando o desafio sugerido pelo astronômo amador Cássio Luiz, o GEDAI lançou uma equipe intercampi para a observação e registro deste raro evento astronômico. O ápice da conjunção ocorreu na noite do dia 27 de agosto, no horizonte oeste, logo após o pôr do Sol. Os dois astros estavam bem próximos a ponto de serem visualizados simultaneamente na ocular. Mesmo a olho nu, a visão já era espetacular. Participaram da atividade equipes das unidades de BH (GEDAI BH), Curvelo (GEDAI Curvelo) e Timóteo (Astronomia no Vale do Aço).
A equipe do Astronomia no Vale do Aço se reuniu no pátio da Igreja São José, no bairro Timirim, em Timóteo. O local foi escolhido por sua localização elevada. Além da equipe, representada por Warley Souza, Gilberto, Weber, Davidson, Guilherme, Vitor, Nathésia, Bernardo, Pedro, Matheus e Nicholas, também participaram da observação pessoas da comunidade que passeavam pelo local. O céu estava limpo mas, devido ao pouco tempo de observação que o grupo teve, devido ao relevo no oeste, e devido ao elevado número de pessoas para observar, não foi possível fazer o registro fotográfico da conjunção. 
A equipe GEDAI Curvelo, representada pelo prof. Pedro Rodrigues III e pelos estudantes Deric Augusto, Gisele Almeida, Antônio Marcos, Sérgio H. B. Cardoso e Jonas Guimarães Fernandes, se reuniu em seu próprio campus. A equipe conseguiu um belo registro fotográfico da conjunção por volta das 19h da noite, momento em que o céu estava limpo e a temperatura e a umidade relativa do ar registravam 23º C e 43%, respectivamente. As observações foram realizadas com dois telescópios refletores de 150 e 305 mm de abertura. As fotos da conjunção foram registradas pelo telescópio de maior abertura. 

A equipe GEDAI BH, representada por Leonardo Gabriel, Sidney Maia, Cássio, Dilvana, Júlio Sardinha, Lucas Reis e Marco Antônio, se reuniu no Parque Estadual da Serra do Rola Moça, localizado no bairro Jardim Canadá, Nova Lima. A atividade também contou com a presença de alguns convidados, totalizando cerca de 15 pessoas presentes. A equipe levou cinco telescópios para esta observação, com destaque para um refletor de 305 mm de abertura. As condições meteorológicas estavam ótimas para observação. Os astros estavam alinhados bem próximos e, mesmo a olho nú, a visão era impressionante. Após a observação e registro do fenômeno, a equipe realizou um passeio pelo céu estrelado. Passando pela constelação de Escorpião no Zênite, foi possível observar a divisão de Cassini nos anéis de Saturno, o planeta Marte, o centro Galáctico e o braço da Via Láctea recheado de aglomerados. O Cruzeiro do Sul também marcou presença. O alglomerado Ômega do Centauro e outros estavam visíveis a olho nu. Outro registro importante da noite foi a passagem da estação espacial internacional pelo céu.
Ainda nesse ano outros eventos importantes irão ocorrer. Este é apenas um ponta pé inicial rumo a novas atividades e registros feitos pela equipe intercampi GEDAI. Confira as fotos das atividades realizadas pelas três equipes no álbum abaixo.


Conjunção Vênus Júpiter 27-08-16

Extras
O astrônomo amador Cássio ainda registrou algumas medidas referentes observação realizada no Parque Estadual da Serra do Rola Moça:
Latitude: 20º 3’ 10,72” Sul
Longitude: 44º 0’ 04,66” Oeste
Condição Climática no início (18 horas): 15º graus
Condição Climática no final (21 horas): 13º graus
Vento: Oeste/leste de 8 a 15 Km/h
Céu 100% isento de nuvens
Poluição luminosa de Bhte: Leste-Norte a Oeste
Passagem Estação Espacial: 18:45 horas/Nordeste-Sudeste

O GEDAI BH também recebeu um relato do astronômo amador Leandro de João Monlevade. Em sua observação, que começou às 18:18 e finalizou às 19:55, foram observados os planetas Vênus, Júpiter, Mercúrio, Marte e Saturno. Ele também destacou a sorte de observar a passagem da estacação espacial internacional às 19:33, que durou cerca de 2 a 3 minutos. O céu estava totalmente limpo e sem a presença da Lua. A observação foi realizada com um telescópio de 150mm de abertura.

Texto do relato: Cássio e Leonardo Gabriel.

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